segunda-feira, 27 de julho de 2009

Simão o mago, qualquer semelhança não é mera coincidência


Em Atos dos Apóstolos Jesus deu ordem a seus discípulos que ficassem em Jerusalém até que do alto fossem revestido de poder. No capítulo um e versículo oito está escrito: "Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas em Jerusalém, toda Judéia, Samaria e até os confins da terra". Depois do Pentecostes quando foi cumprida a promessa do Consolador, os discípulos haviam se acomodado em Jerusalém, aguardando ali a volta de Jesus. Eles estavam muito bem acomodados na Cidade Santa, quando uma perseguição é instaurada contra os cristãos ali após a morte de Estevão (8.1). Esses cristãos, então, se dispersão para outras cidades da Judéia.
Filipe, era um desses dispersos, o qual anteriormente havia sido eleito um dos sete que foram separados para servir à igreja em Jerusalém, amparando os pobres e necessitados (6.1,3,5). Ele possuía o dom de evangelista. Em Samaria começou a pregar o evangelho, não apenas pregar o evangelho, mas também realizar sinais e maravilhas (8.5,6), espíritos imundos eram expulsos e a cidade estava eufórica diante de tantos feitos miraculosos (8.7,8).
Os sinais e maravilhas, todavia, não eram o fim, mas um meio de atrair a atenção daquela gente para as verdades do evangelho.
Havia ali em Samaria um certo Simão, que exercia a magia e havia ali iludido muitas pessoas, "ao qual todos atendiam, dizendo: Este é a grande virtude de Deus. E atendiam-no, porque já desde muito tempo os havia iludido com artes mágicas" (v.9-11). Ao ver os sinais e maravilhas operados por Filipe, ele se aproxima junto com os grupos dos que creram e é batizado, ficando de "contínuo com filipe" (v.13). Mas tarde, porém, simão vai revelar quais eram as suas verdadeiras intenções. "E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo." (v.18,19)
Este episódio aconteceu nos primórdios da expansão do evangelhom mas quanluer semelhança com o que vemos hoje não é mera coincidência.
Existe hoje um tipo de evangelho cujo patriarca é ninguém menos que Simão, o mago. Esse evangelho é chamado do evangelho do poder. A sua ênfase não está na cruz, nem tampoucou na salvação do pecador. Neste evangelho o que conta é a demonstração de poder. Quanto mais poderes você demonstrar mais vai lucrar com isto.
Vejamos então as semelhanças entre Simão e esse evangelho de poder.
1) A ênfase desse evangelho são os sinais e maravilhas, não o evangelho.
2) Ficam atônitos não pela quantidade de pecadores que estão sendo salvos e tornando-se discípulos de Cristo, mas nas manifestações exteriores que em nada produzem salvação ou arrependimento em si mesmas.
3) Sinais e maravilhas é o fim e não o meio para atrair as pessoas à fé em Cristo.
4) Neste evangelho existe a manipulação do Espírito Santo. Querem controlar através de palavras mágicas (ordeno, determino, declaro, etc.) a ação do Espírito de Deus.
5) Enfatizam o espetáculo, o show. Aqui o "pregador" (ou seria o curandeiro?) que é o centro das atenções, e não Cristo.
6) Ah, o dinheiro...! A cura, o milagre, só acontece se houver fé, e fé aqui consiste em desemboçar alguns reais, ou entregar o carro, a casa... ou seja lá o que for render dividendos, não para o doador é claro.
7) Neste evangelho o nome de Deus é constantemente tomado em vão. E o nome de Satanás, é quem recebe toda a glória.
8) Ainda em tempo, quando ese evangelho é colocado em "xeque", ainda dizem que estão sofrendo perseguição religiosa. Que é coisa do diabo.
As palavra de Pedro a Simão, também servem para os adeptos desse evangelho:
"O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro." (v.20)
"Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus." (v.21)
"Arrepende-te, pois, dessa tua iniqüidade, e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração" (v.22)
"...estás em fel de amargura, e em laço de iniqüidade." (v.23)
O espírito de Simão, o mago, ainda continua rondando por aí, se você vê-lo em algum lugar por aí isso não é mera coincidência.